LULA E O PRECONCEITO.

É completamente inaceitável todo e qualquer preconceito. Afastar ou separar as pessoas, criando grupos ou raças privilegiadas em detrimento de outros, só reforça a ideia de divisão, luta, competividade insolente.

A sociedade brasileira passou por transformação em passos acelerados, em comparação com a história. O que era comum em poucos anos tornou-se um vexame, uma afronta, expondo quem se atreve no campo da discriminação e principalmente atraindo responsabilização por atos, palavras e omissões.

A contramão de tudo o que disse anteriormente é o oportunismo para difamar, ridicularizar e invalidar o contexto inteiro de falas, discursos, e teses.

Da maturidade à infantilidade em poucos passos. - por óbvio, estuda-se em todas as salas de aula onde se apresente um bom professor de português, que a interpretação de texto compõe o entendimento do que se fala e do que se quer expressar.

Parece, no entanto, que da maturidade linguística e interpretativa, parte-se imediatamente para a interpretação frasal e literal, ignorando-se completamente o contexto.

A imprensa, com suas manchetes sensacionalistas em busca de audiência a qualquer custo, tem contribuído fielmente para a polarização e fracionamento da sociedade, afinal, manchetes vendem mais que notícias.

Em recente discurso o Presidente Luiz Inácio, refere-se ao um homem negro e sem dentes. Para qualquer brasileiro que alcançou a nota mínima no ENEM em redação, e para todo aquele que teve um professor dedicado de Português, consegue discernir que a intenção do Presidente era evidenciar que todos são iguais, e que o homem negro retratado na foto que iria percorrer o mundo evidenciando o Brasil, deveria no mínimo ter as mesmas condições físicas da mulher branca mostrada na foto.

É claro, que a preocupação de Lula era a imagem que seria passada para o mundo através daquela foto. 

Em outras palavras, "porque o homem negro está sendo retratado em situação inferior, sem dentes, uma condição básica para uma boa alimentação, uma vez que o intuito da foto era retratar a agricultura abundante, onde continha as verduras colhidas, que certamente poderiam ir para a mesa do brasileiro ou serem exportadas?"

É risível que aqueles que detém o papel de bem informar, distorcem o significado de palavras, frases e contexto ao seu bel prazer, ou ainda para servir a discursos sectaristas, ou como se diz hoje comumente - discurso de ódio.

Tudo vira ódio, preconceito, racismo, fobias, discriminação. 

Para quê haver a disciplina de interpretação de texto, se ao final tudo vai ser literalmente levado ao pé da letra?

O conceito de luta, defesa de direitos e prerrogativas tomou-se um caminho que melhor convier a quem quiser utilizar-se do fundo moral para alcançar seus objetivos.

Freio e contrapeso - já passou da hora de se colocar as pessoas e as coisas em seu devido lugar.

Precisamos de jornalistas ricos em cultura.

Precisamos de um judiciário que cada vez mais utilize-se da boa e "notável" interpretação de texto e menos ideologizado para que afastem os aproveitadores.

Nem Lula Nem Bolsonaro - é claro, é óbvio, é latente que a nossa língua é rica, mas não raramente os cultos são pobres, e quem tem o dever de transmitir e facilitar a compreensão é partidário, ou corrompido.

Já passou da hora de buscar a união e fortalecermos a irmandade do nosso povo, chega de "lacração".   

O problema é que a régua dos lacradores, na sua maioria da esquerda, tornaram-se fiscais absolutos da verdade. Verdade esta que eles afirmam ser relativa, então fica difícil de caminhar nesta lógica.

O Brasil das narrativas está muito chato, ignorante e principalmente sem afeição ao próximo. Fala-se de amor e prega-se a segregação. Fala-se em ódio, mas paga na mesma moeda.

Sigamos com coragem para mudar esta lógica, ou acabaremos conosco mesmos.

PAZ e LIBERDADE.

Marco Rodrigues

Empresário, Administrador e vivendo por aqui. 

Nota: as matérias veiculadas nas Colunas são de responsabilidade dos colunistas.