SÉRGIO TENÓRIO

O Poder Transformador da Inovação

O Poder Transformador da Inovação

Ilustração: Niklas Elmehed/Nobel Prize
O Poder Transformador da Inovação Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt - Prêmio Nobel de Economia 2025

O Poder Transformador da Inovação

A inovação não é um modismo corporativo ou apenas a criação de algo novo. Em sua essência ela pode ser considerada como uma força motriz que move as nações para o crescimento econômico sustentável. O conceito de inovação transcende, portanto, o senso comum do ineditismo. Não se trata apenas de criar algo novo, mas de implementar novas ideias, métodos ou produtos que gerem valor significativo para a sociedade, seja esse valor econômico, social ou ambiental. Inovar é a aplicação criativa do conhecimento para resolver problemas existentes ou para atender necessidades que ainda não foram percebidas. 

A importância da inovação é inquestionável, existindo pelo menos três dimensões com potencial de impacto direto. Na dimensão empresarial, ela é a chave para a competitividade e a sobrevivência a longo prazo. Empresas que não inovam estagnam e são, eventualmente, superadas por seus concorrentes. Na dimensão social e ambiental a inovação impulsiona a melhoria da qualidade de vida, criando soluções para a saúde pública, para a educação e para os desafios climáticos, entre outros. Por fim, na dimensão macroeconômica, ela é o motor que alavanca a produtividade. Ao permitir que se faça mais com os mesmos recursos, a inovação aumenta o potencial produtivo de uma nação, elevando o Produto Interno Bruto (PIB) e o padrão de vida da população. 

La lezione all'Europa dai tre nuovi Nobel per l'economia

Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt - Prêmio Nobel de Economia 2025
Foto:   L ´ Economie - Corriere Della Sera

A relação entre inovação e economia é tão profunda que frequentemente se torna o centro das mais proeminentes discussões e debates acadêmicos. O Prêmio Nobel de Economia deste ano, por exemplo, destacou a força transformadora da inovação. Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt foram reconhecidos por demonstrarem como o progresso econômico depende da rotatividade criativa, um processo em que novas ideias e tecnologias renovam economias, instituições e oportunidades. Segundo eles, esses conceitos vão além da teoria e se manifestam em diferentes contextos, do Vale do Silício às economias emergentes e comunidades com recursos limitados, onde a inovação atua como motor de adaptação e resiliência. O trabalho dos pesquisadores destaca ainda, como a adoção acelerada de novas tecnologias, embora cause deslocamento temporário de empregos, leva as nações a um crescimento de longo prazo mais robusto e a uma alocação de capital mais eficiente. Ao vincular a teoria da inovação ao desempenho macroeconômico, o Nobel de 2025 reitera a mensagem de que investir em pesquisa, desenvolvimento e disseminação de novas tecnologias é um investimento estratégico que pode garantir um futuro próspero e dinâmico. A inovação é, portanto, uma bússola que guia o progresso.

Prof. Dr. Sergio Tenorio dos Santos Neto
Professor e Pesquisador nas áreas de Gestão, Inovação e Tecnologia
Atua na FATEC, UNESP e Centro de Inovação de Guaratinguetá (CIG)

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