SÉRGIO TENÓRIO

O que o Índice Global de Inovação nos ensina sobre progresso e competitividade

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O que o Índice Global de Inovação nos ensina sobre progresso e competitividade global-innovation-index-2025

O que o Índice Global de Inovação nos ensina sobre progresso e competitividade

O avanço tecnológico e a capacidade de inovar podem ser considerados fatores determinantes para o desenvolvimento econômico e social das nações, explicando em parte, o abismo existente entre as nações mais prósperas e os demais países. Diante desse cenário, o Índice Global de Inovação (Global Innovation Index – GII) surge como um instrumento interessante para análise do cenário mundial, contribuindo com uma melhor compreensão sobre como diferentes economias estruturam seus ecossistemas de inovação, quais políticas impulsionam o progresso científico e tecnológico e, consequentemente, como tais ecossistemas e políticas impactam no desenvolvimento econômico das nações.

Elaborado anualmente pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual em parceria com o INSEAD e a Universidade Cornell, o GII mede desde 2007 o desempenho de mais de 130 economias com base em indicadores quantitativos e qualitativos que mensuram a capacidade e os resultados em inovação.  O INSEAD é uma das escolas de negócios mais prestigiadas do mundo, com unidades na França, em Singapura, nos Emirados Árabes Unidos e em San Francisco (EUA), reconhecida por sua excelência em gestão global e pesquisa em competitividade. Já a Universidade Cornell, localizada no estado de Nova York (EUA), se destaca por sua forte atuação em ciência, tecnologia, inovação e empreendedorismo.

O índice é composto por mais de 80 métricas organizadas em dois grandes grupos: insumos de inovação e resultados de inovação. O primeiro reflete as condições que estimulam o desenvolvimento tecnológico (educação, políticas públicas, infraestrutura e capital humano). Já o segundo avalia os impactos concretos dessas condições, como o número de patentes, publicações científicas, exportações de alta tecnologia e produção criativa. Nessa perspectiva o índice nos permite compreender a relação existente entre as condições (causas) e os impactos (efeitos), embasando análises mais profundas sobre o cenário global. Por sua abrangência, o GII é mais que um simples ranking. Ele é instrumento de diagnóstico, que direciona as ações de governos, universidades e empresas, embasando políticas públicas, investimentos e estratégias de competitividade. Além disso, ao destacar boas práticas e modelos de sucesso, o índice oferece um panorama global das forças e fragilidades de cada país, revelando as causas das disparidades entre as nações. Qualquer convergência do presente artigo com o nosso texto publicado no dia 16/10, não é mera coincidência. A inovação realmente transforma, impulsiona e gera desenvolvimento econômico sustentável.

O índice revela ainda como determinados países se consolidam entre os mais inovadores, impulsionados por investimentos em pesquisa e pela sinergia entre academia e setor produtivo, gerando ciclos consistentes de desenvolvimento. Novamente cito que qualquer convergência com nossa publicação anterior e com as conclusões do Prêmio Nobel de Economia 2025 não é mera coincidência. A inovação pode, de fato, gerar ciclos virtuosos e consistentes de desenvolvimento econômico. Concluo dizendo que o Índice Global de Inovação oferece, portanto, uma visão abrangente e comparativa do sistema mundial de inovação, ajudando a compreender como cada nação enfrenta os desafios tecnológicos e sociais do século XXI como a sustentabilidade, a transição energética e a economia digital, entre outros.  Nas próximas publicações faremos algumas reflexões sobre os dados apresentados no GII 2025. O relatório completo do Índice Global de Inovação 2025 pode ser acessado no site oficial da WIPO em:

https://www.wipo.int/web-publications/global-innovation-index-2025/en/index.html 

Prof. Dr. Sergio Tenorio dos Santos Neto
Professor e Pesquisador nas áreas de Gestão, Inovação e Tecnologia
Atua na FATEC, UNESP e Centro de Inovação de Guaratinguetá (CIG)

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